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terça-feira, 26 de julho de 2011

Não pensei em título

Na noite passada eu quase não dormi, e tive muitos pesadelos...Hoje o dia foi péssimo, pq eu não estava descansada e tinha duas crianças no meu ouvido o dia todo, mais do que nunca que senti profundamente sozinha, mas também não queria a companhia de ninguém, fiz praticamente todas as minhas tarefas, mas nem sei como, pois fiquei de péssimo humor...Passei o dia assustada como uma criança indefesa, e pra fechar briguei com a minha mãe e estou a cada dia que passa mais afastada dela, e não sei se é TPM, ou se estou mesmo profundamente magoada... Mas de que adianta se eu não consigo conversar com ela, ou se quando brigamos não coloco nem 1/2% da minha raiva, ou ira pra fora, por medo de piorar o quadro depressivo dela, ou por acabar sendo injusta e ou deixando a minha avó magoada...


Eu queria falar sobre muitas coisas, mas não consigo organizar os pensamentos e enumerar uma ordem muito sólida de prioridades dos assuntos a serem despejados pra ela nem nesse texto...Resolvi escrever, mas com a certeza de que vou ser cobrada por isso depois, mas eu queria mesmo atualizar o meu blog, então vou só escrevendo com a certeza de que nada é realmente sobre oq eu queria falar...

Tem coisas que eu gostaria de escrever, mas sou muito transparente e uma palavra errada, causaria um reboliço imenso, talvez por nada, talvez por tudo, talvez por eu ser só confusa e ponto final...E ai vem o assunto liberdade, que não rola mesmo, mas ao mesmo tempo eu queria muito ser escutada...Mas falar sobre os meus medos, meus pesadelos e os reais motivos do meu péssimo humor com certeza não vai acontecer nesse texto...

Queria mudanças "pra ontém", e precisava urgentemente de um profissional me avaliando e esclarecendo o que realmente está acontecendo comigo, como quando eu achei que podia esconder uma personalidade psicopata e a minha psicóloga me tranquilizou dizendo que eu apenas não tinha caído no conto da mídia em torno de um assunto de fato importante, mas que estava fora da minha realidade...

Ai como eu sinto falta da minha terapia, e de falar com uma pessoa que não está na minha rotina, que se importava comigo, ainda que fosse pagando, mas que se importava em me ajudar com muita dedicação, sem dúvidas uma profissional maravilhosa...

Eu tenho pensado muito a respeito de dedicação e percebi que tenho me dedicado muito e pouco ao mesmo tempo a tudo e nada...

Como isso é possível?

Quero ser amiga demais de todo mundo ao mesmo tempo, mas me desgasta as vezes não receber a mesma dedicação em troca, e daí eu me frusto e percebo que se nem Deus agradou a todos, não sou eu que vou agradar... Que eu posso pegar mais leve, que eu posso e devo dizer NÃO, algumas vezes...

Quero me dedicar aos cuidados da minha casa, e a organização diária, ainda que parcial e no meu tempo, dela, mas ainda não organizei o meu relógio biológico pra acordar mais cedo, e muito menos regrei o meu sono para as 22h, ou para 00:00h em ponto.Mas procuro me dedicar todos os dias ainda que iniciando o dia um pouco mais tarde um pouco a cada coisa... Alguns dias eu acordo mais cedo e consigo um dia plenamente satisfatório, e gostaria de ser assim produtiva todos os dias...

Entre acordar, tomar meu costumeiro café preto, consultar minhas redes sociais, meus e-mails a procura de emprego, enviar alguns currículos, ouvir a minha avó com as suas histórias repetidas, organizar algum setor da casa, responder mensagens de texto, ver as minhas amigas, aprender a cozinhar, sair para resolver coisas na rua (comprar comida, remédios e fraldas), pingar os colírios, mais um dia se passa rapidamente, e mais um dia eu fiquei desempregada e sempre após as 18h me bate uma insatisfação desgraçada de não ter saído pra ganhar o meu dinheiro, de não ter pelo menos tentado entregar alguns currículos... Mas sempre após as 18h, quando já não dá mais pra correr atrás disso... Então sou tomada por uma raiva muito grande, aguardo pacientemente as cobranças (que vem de todos os lados), e mesmo consciênte de que fiz um pouco de tudo durante o dia, me sinto uma completa inútil, sedentária, que não tem se olhado e nem se cuidado como antigamente... Afinal fazer as unhas do pé no inverno não me torna uma mulher vaidosa, nem melhora a minha auto-estima, pois em outro tempo eu cuidava da minha aparência sozinha e dava conta de ganhar o meu dinheiro...Era pouco, mas era meu!!!

O fato de cuidar da minha avó, nem sempre com a paciência que eu deveria ter, não quer dizer que a ame menos, ou que ela não seja o meu tudo e no momento uma das poucas razões para viver...Afinal quando eu acho alguma qualidade na minha personalidade como procurar resolver tudo em uma boa conversa, eu tenho 200% de certeza que é graças a ela e seus ensinamentos...

Gostaria de dedicar a ela esse texto de hoje, pois hoje foi um dos muitos, em relação há algumas pessoas, e ou poucos comparadas ao que eu gostaria de faze-lo, que dediquei minha tarde a ouvi-la... As mesmas histórias sempre, as lágrimas de emoção sempre nos mesmo trechos, a mesma cara de raiva a cada cigarro que eu acendo, a mesma gagueira sempre que ela acha que vou interrompe-la para fazer outra coisa, ou para dar atenção a outra coisa...

Mas eu parei para dar atenção a ela... E mesmo muitas vezes eu fazendo cara de que estava muito atenta, meu pensamento voou para bem longe, pensando em quantas oportunidades assim a vida ainda vai me dar? Quantas pessoas no mundo estavam fazendo a mesma coisa que eu? Se eu sou realmente dedicada a ela? Se existe algo mais que eu possa fazer para tornar a vida dela mais alegre, ou mais produtiva? Se não estou disperdiçando meus dias ouvindo, me dedicando enquanto a vida dos outros está caminhando, e quando ela se for eu vou ficar sem chão, sem emprego, sem a minha razão de viver?

Mas não vou dedicar esse texto a ela, não hoje, pois precisava atualizar o meu blog e nada melhor que as minhas insatisfações pessoais que não tenho com quem desabafar, que mesmo rodiada de amigos eu não me sinto a vontade de falar... Insatisfações essas que não citei nem a metade, pois algumas beiram a loucura, sem contar de dificuldade de organizar por prioridades e paranóias mais urgentes...

Eu preciso urgentemente voltar pra faculdade, arrumar um emprego, e gostaria de passar mais tempo fora de casa para conquistar oq é meu, e não ter mais que implorar por espaço, por dinheiro, por carona, por um fim de semana com as minhas amigas não desejadas...

Mas são quase 2h da manhã e eu estou morrendo de medo de deitar a cabeça no travesseiro e ser assombrada pelos pesadelos da noite passada que não me deixaram dormir... Estou cansada, estou com sono, mas estou com medo de ir para a cama...